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Entenda de vez qual a diferença entre serviços e experiências

Ao longo de pouco mais de 100 anos, a economia passou por uma grande evolução. Começamos na Economia Agrária, baseada em produtos básicos como alimentos e matérias-primas, depois passamos para a Economia Industrial, focada na produção de bens fabricados. Em seguida, veio a Economia de Serviços, voltada para a execução de tarefas para os clientes. Agora, vivemos a Economia da Experiência, onde o foco está em criar momentos únicos e memoráveis para as pessoas (1). No quadro abaixo, podemos ver a diferença entre cada uma dessas etapas.

Quadro comparando as diferentes ofertas econômicas

Fonte: elaborado pela autora. Adaptado de PINE e GILMORE (1999).



Tá, mas qual a real diferença entre serviços e experiências?


A diferença entre serviços e experiências está no valor que cada um entrega e na forma como o cliente se relaciona com eles. Enquanto um serviço é projetado para realizar algo em nome do cliente, uma experiência é criada para envolver emocionalmente o cliente e gerar memórias significativas.


Lavanderia para ilustrar um serviço

Serviços são atividades realizadas para atender às necessidades ou desejos de uma pessoa. Seu foco principal está na eficiência, na qualidade do atendimento e na economia de tempo. Por exemplo, ao contratar um serviço de lavanderia, o cliente busca conveniência e rapidez, deixando que outra pessoa cuide da tarefa por ele. O valor está em “poupar tempo” ou resolver um problema de forma prática. Serviços são, portanto, orientados à funcionalidade e geralmente têm um resultado previsível.



Casal em montanha russa para ilustrar uma experiência

Experiências, por outro lado, vão além de resolver problemas ou atender necessidades. Elas são criadas para proporcionar momentos memoráveis, despertando emoções e oferecendo algo único para cada indivíduo. Em uma experiência, o cliente é mais do que um consumidor; ele se torna um participante ativo, contribuindo para o resultado final. Por exemplo, visitar um parque de diversões não é apenas um serviço de entretenimento, mas uma série de interações planejadas para engajar, surpreender e criar memórias inesquecíveis. Aqui, o valor não está em economizar tempo, mas em “gastar bem o tempo”.


Assim, há uma regra prática para distinguir entre serviços e experiências na prática: se uma pessoa contrata alguém para realizar uma ação em seu lugar, é provável que seja um serviço. Já, se a contratação de alguém para realizar a ação parecer não fazer o menor sentido, é provável que seja uma experiência.


A motivação para se envolver em uma experiência reside no próprio fazer, no processo de envolvimento e não apenas no objetivo final.

Resumindo, enquanto os serviços focam na eficiência, qualidade e economia de tempo, as experiências valorizam a participação ativa do cliente, a criação de momentos significativos e a geração de memórias duradouras.


(1) Pine e Gilmore (1999).

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